segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Marie Curie


Maria Sklodowska nasceu em Varsóvia a 7 de Novembro de 1867. O pai era professor de Física no liceu da cidade. Tinha vários irmãos.
Os Sklodowska eram alunos brilhantes. Maria foi medalha de ouro ao completar os estudos liceais.
A Polónia ficou sob domínio russo e o pai de Maria é demitido do liceu. Nessa altura, Maria dava aulas particulares para ajudar a família. Por essa altura, a única Universidade da Europa que aceitava alunos do sexo feminino era a Sorbonne em Paris. A viagem era cara e a estadia igualmente. Enquanto a irmã desejava estudar Medicina, Maria queria estudar Ciências e propõs uma troca. Brónia iria primeiro, enquanto Maria trabalharia como governante, na terra natal, para sustentá-la. Acabado o curso invertem-se as posições e seria Brónia a olhar pela irmã mais nova.
A irmã cumpriu a promessa. A 3 de Novembro de 1891 a Faculdade de Ciência de Sorbonne dá início ao curso. Uma das alunas é Maria Sklodowska, que converte o seu nome no equivalente francês, Marie. Passou muitas dificuldades, no entanto, apesar das precárias condições de vida, obteve a mais alta classificação no final do curso.
Licenciou-se em 1894 e casou com Pierre Curie em 1895, um físico francês.
Adquiriu então o nome por que viria a ser, para sempre, conhecida: Madame Curie.
O casal tinha muito em comum: um amor muito grande pela natureza e pelo campo, pouca ambição financeira e uma grande paixão pela pesquisa.
Aos 30 anos, Marie tem dois cursos superiores, um de Física e outro de Matemática.
Termina o doutoramento em 1903.
O casal desenvolve em conjunto uma apreciável actividade científica. O mérito desse trabalho seria reconhecido em 1903, quando a Real Academia Sueca das Ciências lhes atribui o prémio Nobel da Física, em conjunto com Henri Becquerel, pelo seu trabalho com a radioactividade. Tanto Marie como Pierre Curie não puderam deslocar-se a Estocolmo para receberem o prémio, devido a problemas de saúde, causados pelas doses elevadas de radiação a que estavam expostos.
As investigações do casal eram feitas arduamente, sem grandes possibilidades a nível logístico e financeiro. O equipamento era primitivo e as quantidades de minério necessárias às investigações da radioactividade consumiam o pouco dinheiro que tinham.
Marie foi nomeada Assistente Principal no laboratório que o seu marido chefiava na Sorbonne, substituindo-o após a sua morte em 1906, tornando-se a primeira mulher a reger uma cátedra na Sorbonne de que só seria titular em 1910.
Em 1911, recebe um segundo prémio Nobel (da Química), pelo isolamento do rádio em estado puro. Torna-se a primeira pessoa a receber dois prémios Nobel. A partir daí, Marie Curie conferiu uma trajectória diferente ao seu trabalho. Concentrou-se no uso médico do rádio para o tratamento do cancro, tarefa em que foi ajudada pela filha e pelo genro, Irène e Frédéric Joliot (laureados em 1935 com o Nobel da Química).
Em 1918 tornou-se directora do Instituto de Rádio de Paris. O Instituto torna-se um centro mundial de estudos de radiação física e química.
A partir de 1922 é Membro da Academia Francesa de Medicina. Pioneira na pesquisa da radioactividade, primeira mulher cientista que adquiriu fama mundial. Ficou exposta aos efeitos das radiações. Morreu a 4 de Julho de 1934 com leucemia causada pela sobredosagem radioactiva a que esteve exposta ao longo da vida.
Antes de morrer, consciente do perigo da radioactividade em mãos erradas, fez questão de acentuar o seu lado benéfico.
Marie Curie é um símbolo, na dura batalha em prol do progresso e do bem estar da Humanidade. É ainda uma referência para aqueles que, na obscuridade dos laboratórios, na luta contra o cancro, nas Universidades, nos Institutos, se dedicam de corpo e alma à Ciência.
Este ano comemora-se o centenário da entrega do prémio nobel a Marie Curie.

Fontes de pesquisa:
Jornal Navegar

Trabalho realizado por:
Joana Ferreira
Mafalda Lamas

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